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Home > IoT > Gastos com gestão inteligente do tráfego devem crescer 75% até 2028
Novembro 24, 2023
Até 2028, os gastos com gestão inteligente do tráfego deverão crescer 75% em relação ao valor de US$ 10,6 bilhões registrados em 2023. Esse crescimento significativo decorrerá dos níveis mais elevados de financiamento governamental para iniciativas de cidades inteligentes, com sistemas de transporte ocupando o centro dos projetos de transformação urbana, de acordo com um novo estudo da Juniper Research.
Com o aumento da população urbana, do número de veículos e, consequentemente, dos patamares de congestionamento, a gestão inteligente do tráfego tem ganhado mais atenção. Quando mal administrada, a circulação dos automóveis em grandes cidades gera impactos negativos de grandes proporções, como a elevação das emissões de carbono e a perda de produtividade.
Por isso, a gestão inteligente do tráfego se tornou um dos pilares do design das cidades inteligentes. Usando tecnologias conectadas que combinam software, hardware para identificação por radiofrequência (RFID), câmeras, computação em nuvem para processamento dos dados e até mesmo Inteligência Artificial (IA), esses sistemas de gerenciamento oferecem uma solução para minimizar os congestionamentos e melhorar a segurança nas ruas para veículos e pedestres.
A fim de atender essa demanda com eficácia, a pesquisa da Juniper Research destaca a necessidade de as cidades se abrirem para um amplo grupo de fornecedores para impulsionar a inovação e o interesse de uma variedade de parceiros e também de implementar sistemas de tráfego e análise já na fase inicial das iniciativas de planejamento urbano para evitar retrofits dispendiosos posteriormente. “As cidades precisam evitar soluções que provavelmente se tornarão obsoletas rapidamente ou resultarão na dependência de fornecedores”, destaca Cara Malone, autora da pesquisa.
Além disso, no caso de cidades em regiões emergentes, com grandes problemas de congestionamento, a recomendação do estudo é incentivar os fornecedores a considerarem a criação de sistemas inteligentes e personalizados de gestão do tráfego. No entanto, existem preocupações em torno da implementação dessas soluções nas regiões em desenvolvimento. Regras e regulamentos de condução de veículos nesses espaços geográficos podem ser muito diferentes, sem falar na desigualdade entre as infraestruturas tecnológicas. Por esses motivos, os fornecedores devem desenvolver soluções ampliáveis que possam ser personalizadas de acordo com as circunstâncias locais.
Segundo a pesquisa, a gestão inteligente do tráfego é capaz de reduzir significativamente os congestionamentos, poupando 7 bilhões de horas em nível mundial até 2028, com as regiões desenvolvidas representando 75% desse total.
Um professor da Escola de Engenharia Civil e Ambiental da UNSW, instituição de ensino australiana, desenvolveu uma tecnologia de semáforos inteligentes que leva em consideração informações de congestionamento em tempo real usando dados de aplicativos de navegação, como Google Maps e Waze.
Esses aplicativos fornecem dados que ajudam a compreender comportamentos de condução e padrões de congestionamento a um custo consideravelmente baixo, sem depender da instalação de câmeras e sensores. “A atual rede de semáforos depende muito de sensores para determinar quando e com que frequência os semáforos devem mudar em cada cruzamento. Além disso, não leva em conta o tempo que os motoristas leva para ir do cruzamento A ao cruzamento B”, explica o professor Vinayak Dixit.
Como esses dados já estão disponíveis nos aplicativos de navegação, a solução as utiliza para tornar os semáforos mais inteligentes e assim ajudar a aliviar os congestionamentos durante os horários de pico.
Em geral, a atual malha de semáforos usa algoritmos de roteamento que programam os intervalos de tempo entre um semáforo e o próximo. Também pode utilizar câmeras para captar e analisar o tamanho das filas, porém os dados são limitados apenas a cruzamentos específicos.
A equipe de pesquisadores provou que o uso de dados coletivos (crowdsourcing) reduz o nível de congestionamentos. Foram realizados experimentos de campo em 30 cruzamentos na Índia e na Indonésia, países conhecidos por suas redes rodoviárias congestionadas. Com um controlador de baixo custo e de código aberto instalado nos cruzamentos, o grupo coletou informações em tempo real de dados do Google em intervalos de cinco minutos. O controlador foi programado para gerenciar gargalos em cruzamentos de tráfego e atribuir sinais verdes mais longos com base nos dados coletados.
Com base nesses dados coletados em tempo real, os semáforos foram programados para atribuir mais sinais verdes em uma determinada área, quando havia um maior congestionamento. Os resultados mostraram uma redução de até 37% nos atrasos. “Além disso, como estamos reduzindo o congestionamento, podemos considerar uma queda de 8% nas emissões dos automóveis”, acrescenta o professor.
Segundo Dixit, a tecnologia custa cerca de um quinto a um décimo do valor dos atuais sistemas de controle de tráfego e também exige menos manutenção. “Não queremos abandonar os sensores tradicionais. Trata-se de expandir o escopo para incluir outros fluxos de dados nos regulamentos que regem os sistemas de semáforos”, acrescenta o professor.
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