Subscribe to our Newsletter!
By subscribing to our newsletter, you agree with our privacy terms
Home > Monitoramento de rede > Mais de 10 mil satélites estão ativos em órbita
Junho 29, 2024
Um marco foi alcançado recentemente no cenário espacial ao redor da Terra. Em junho passado, ultrapassamos a marca de 10.000 satélites ativos em órbita. A empresa Look Up Space, que desenvolve e mantém uma rede mundial de radares para detecção e rastreamento de objetos na órbita terrestre, contabilizou exatos 10.019 satélites ativos, dois terços dos quais (6.646) pertencem à constelação Starlink da SpaceX. A maior parte (9.254) desses satélites está em órbitas baixas, principalmente entre 400 e 1.200 quilômetros acima da superfície da Terra.
Além disso, foram identificados cerca de 3.200 estágios de foguetes e 13.326 fragmentos em órbita ao redor da Terra. Isso representa apenas uma pequena fração dos detritos atualmente desaparecidos, que devem estar na casa de um milhão de peças medindo um centímetro ou mais. Segundo a Look Up Space, sua plataforma de dados Synapse detecta diariamente riscos de quase mil colisões com chances superiores a uma em um milhão e no intervalo de 50 e 100 colisões com chances superiores a uma em 100 mil.
Para incrementar essa conta, no início de agosto, serão lançados os primeiros satélites da megaconstelação G60 Starlink da China, com mais de 12.000 unidades previstas, segundo o site Shanghai Securities News. A missão programada para 5 de agosto deverá transportar 18 satélites, e o veículo de lançamento deverá ser o Long March 6A por conta de suas características, embora a informação ainda não tenha sido confirmada.
A constelação G60 Starlink é gerenciada pela Shanghai Spacecom Satellite Technology (SSST) e pretende fornecer acesso global à Internet, contrapondo-se aos projetos dos Estados Unidos, entre eles o Starlink da SpaceX. Em fevereiro passado, a SSST anunciou ter recebido um aporte de US$ 933 milhões para a fabricação da constelação.
Segundo o site EurasianTimes, os planos iniciais do projeto G60 era desenvolver exatamente uma constelação, mas um cluster de satélites de Internet, ou seja, um grupo de satélites colaborando em uma região espacial para realizar várias missões. A denominação G60 deriva da via expressa de mesmo nome que atravessa várias cidades na região do delta do rio Yangtze.
A expectativa é que mais 108 satélites da G60 Starlink sejam lançados em 2024, em mais cinco lotes de 18 unidades.
Outra megaconstelação chinesa está em desenvolvimento, mas sem nenhum satélite lançado ainda. O projeto Guo Wang foi estabelecido em 2021, é liderado pela empresa SatNet e também é visto como outra resposta da China ao Starlink da SpaceX. Espera-se que a constelação some até 13.000 satélites.
Preocupação no ar
Podemos dizer que, há alguns anos, estão crescendo lado a lado a implantação de megaconstelações de satélites, como as Starlink da SpaceX e as concorrentes chinesas, além de projetos menores em curso, e as preocupações da comunidade científica e outros grupos.
Entre os astrônomos, por exemplo, as inquietações estão relacionadas ao efeito ofuscante e à poluição espacial causados pela presença de satélites na órbita terrestre baixa que contaminam as observações astronômicas.
Especialistas em segurança de voos espaciais também alertam para os riscos de colisão na órbita da Terra por conta das megaconstelações. Além disso, alguns cientistas temem que o volume de metal queimado quando os satélites são desorbitados ao final da vida útil possa gerar mudanças imprevisíveis no clima e no campo magnético do planeta.
Outra preocupação é a falta de diretrizes internacionais sobre os impactos dos objetos colocados em órbita feitos pelas atividades humanas, o que aumenta as incertezas em torno das megaconstelações de satélites.
Por exemplo, houve um incidente no ano passado que causou polêmica em torno desse assunto, em particular relacionado aos riscos de queda de detritos dos satélites. Em outubro de 2023, a SpaceX, responsável pela maior constelação de satélites em operação atualmente, solicitou à Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos que corrigisse um relatório enviado ao Congresso alertando que, até 2035, a queda de destroços de satélites na órbita baixa da Terra poderia ferir ou matar alguém a cada dois anos se as constelações fossem implantadas como planejado. O argumento do pedido da SpaceX era que o relatório se baseava em “análises profundamente falhas” baseadas em suposições e estudos desatualizados.
Setembro 02, 2024
Agosto 30, 2024
Agosto 22, 2024
Agosto 17, 2024
Julho 20, 2024
Julho 19, 2024
Julho 10, 2024
Julho 04, 2024
Previous
IA Generativa e a modernização dos mainframes e sistemas legados
Next
Estratégia formal de observabilidade ajuda na detecção de ameaças