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Home > Monitoramento de TI > Datacenters > Europa avança com estudo de viabilidade de data centers em órbita
Julho 09, 2024
A joint venture Thales Alenia Space deu mais um passo promissor no estudo de viabilidade de data centers implantados no espaço. O projeto fazer parte da iniciativa ASCEND (Advanced Space Cloud for European Net Zero Emission and Data Soberania) lançada em 2023 e financiada pela Comissão Europeia para alcançar a meta de zero líquido de carbono até 2050 e transformar o ecossistema digital e o espaço na região europeu.
O objetivo do estudo da ASCEND é comparar os impactos ambientais dos data centers com base no espaço e na superfície terrestre. Além disso, o trabalho pretende validar a viabilidade tecnológica do desenvolvimento, da implantação e da operação dos data centers em órbita.
Quando se analisou a redução das emissões de CO2 geradas pelo processamento e pelo armazenamento de dados digitais dos data centers, os resultados estimaram que tais infraestruturas espaciais exigiriam o desenvolvimento de um lançador 10 vezes menos emissivo ao longo de todo o ciclo de vida. Além disso, os data centers não necessitariam de água para refrigeração, uma vantagem fundamental em tempos de limitações crescentes no abastecimento de água.
“Os resultados do estudo ASCEND confirmam que a implantação de data centers no espaço poderia transformar o cenário digital europeu, oferecendo uma solução mais ecológica e soberana para armazenamento e processamento de dados. Estamos orgulhosos de contribuir para uma iniciativa que pode ajudar a atingir a meta de zero líquido de carbono e fortalecer a soberania tecnológica da Europa”, afirma Christophe Valorge, diretor técnico da Thales Alenia Space.
A redução dos impactos energéticos e ambientais dos data centers pode estimular investimentos, no âmbito do Pacto Ecológico da União Europeia, no desenvolvimento de um lançador de alta capacidade, com design ecológico e reutilizável. O ASCEND validou a viabilidade de um lançador capaz de realizar múltiplos lançamentos e assim mitigar sua pegada de carbono.
As infraestruturas espaciais modulares poderiam ser montadas em órbita utilizando tecnologias robóticas do EROSS IOD (European Robotic Orbital Support Services In Orbit Demonstrator) da Comissão Europeia, lideradas pela Thales Alenia Space e programadas para realizar a primeira missão em 2026. Isso permitiria à Europa recuperar sua liderança em transporte, logística espacial e montagem de grandes infraestruturas em órbita, segundo avaliações do estudo.
O projeto ASCEND também pode contribuir para a soberania digital da Europa, reduzindo sua pegada de carbono digital e garantindo a segurança dos dados tanto para cidadãos quanto para empresas. Além disso, a intenção é garantir um gigawatt de capacidade antes de 2050 – o mercado de data centers é estimado em 23 gigawatts.
Os resultados do estudo também confirmaram a viabilidade econômica do projeto, apresentando uma perspectiva de retorno dos investimentos de vários milhares de milhões de euros até 2050.
A Thales Alenia Space e seus parceiros pretendem agora dar continuidade ao estudo de viabilidade para consolidar e otimizar os resultados. Em paralelo, será necessário haver uma mudança de paradigma no setor espacial para que seja possível alcançar os objetivos do projeto, alavancando tecnologias que estão ao alcance da Europa.
A Thales Alenia Space coordena um consórcio europeu de parceiros com conhecimentos complementares nas áreas ambientais (Carbone 4, VITO), computação em nuvem (Orange Business, CloudFerro, Hewlett Packard Enterprise), empresas de lançamento espacial (ArianeGroup) e sistemas orbitais (agência espacial alemã DLR, Airbus Defense & Space e Thales Alenia Space).
Em maio de 2021, as japonesas NTT Corporation e SKY Perfect JSAT anunciaram uma cooperação para criar uma nova empresa do setor espacial, a Space Compass, com a missão de construir uma nova infraestrutura de TI e telecomunicações no espaço.
A infraestrutura espacial integra várias órbitas em alta altitude, órbitas terrestres baixas e órbitas geoestacionárias. É conectada ao solo por redes ópticas de comunicação sem fio para formar uma constelação, com data centers distribuídos para garantir alto desempenho.
Há quem vá mais longe. A Lonestar Data Holdings anunciou em abril seu segundo voo para a Lua denominado Freedom Payload, agendado para o final deste ano. A missão pretende seguir a missão-teste bem-sucedida da Lonestar, a Independence, realizada em 15 de fevereiro passado para validar o conceito de data centers lunares usados em casos de recuperação de desastres, operando perfeitamente tanto no espaço cislunar quanto na superfície lunar.
A futura missão Freedom Payload fornecerá serviços de backup, atualização e restauração globais, estabelecendo o primeiro data center físico na Lua. O hardware usa processador RISC V da Microchip e uma versão especializada do sistema Linux.
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