Mercado global de edge data centers atingirá US$ 317 bilhões até 2026

O mercado global de data centers edge atingirá uma avaliação de US$ 317 bilhões até 2026, de acordo com um relatório da consultoria JLL, impusionado por avanços tecnológicos como IA e Internet das Coisas (IoT).

O crescimento contínuo dos dados e dos dispositivos conectados impulsionou a necessidade de mais recursos de armazenamento, computação e rede próximos aos pontos finais de uso. Isso criou uma necessidade de computação de borda e data centers associados.

Implementar uma estratégia de TI envolvendo a instalação de Data Centers de borda (ou Edge Data Centers) perto dos consumidores de dados é uma prática cada vez mais comum em diferentes perfis corporativos.

O que são?

Os data centers edge são data centers menores, localizados mais próximos da borda da rede, projetados para processar e analisar dados em tempo real, proporcionando às empresas uma tomada de decisão mais rápida e operações mais eficientes.

Entre suas principais características estão:

• Proximidade com a fonte de dados
• Suporte ao processamento de dados distribuídos
• Dados de dispositivos IoT
• Conexão de alto desempenho com a Internet
• Localização estratégica próximo aos usuários e dispositivos
• Suporte a qualquer protocolo de rede e conexões

O mercado

O mercado de data center borda é um ecossistema que inclui fornecedores de TI e de dispositivos, fabricantes de chips, provedores de serviços de telecomunicações, operadores de data center, provedores de serviços em nuvem e hyperscalers.

Embora existam muitos tipos de data centers de borda, com suporte a capacidades variadas, eles podem ser categorizados em três grupos principais:

1 – Data centers de borda locais (on premises) – que geralmente consistem em micro data centers com racks de servidor único, implantados no mesmo local que o usuário. Esse tipo de data center geralmente está localizado em grandes empresas, como instituições financeiras, manufatura, varejo, prestadores de serviços de saúde e municípios locais.

2 – Data centers Far Edge ou Network Edge – são soluções de data center pequeos e em contêineres, geralmente locaizadoss na base de uma torre de celular ou em algum outro local adequado. Eles costumam ser alistados para dar suporte a torres de telefonia celular, aplicativos de rede inteligente/cidade inteligente e provavelmente serão encontrados ao longo de rodovias no futuro para veículos autônomos.

3 – Data centers regionais – são o maior tipo de data centers de borda. Eles são hosts de colocation menores, níveis Tier II e/ou Tier III.

A Implementação

A instalação de Data Centers de borda / Edge requer um planejamento que não foge das etapas realizadas na implantação de data centers tradicionais. Porém, as estratégias Edge possuem um ponto crítico que precisa ser projetado com cuidado: as redes que fazem a conexão entre os sites de borda e o data center central da corporação. Nesse sentido, é importante garantir que a conectividade entre eles seja segura e capaz de lidar com os requisitos de tráfego de dados e aplicativos específicos da empresa.

Um roteiro de implementação de sucesso engloba as seguintes etapas:

1  – Avaliação das necessidades da corporação

O primeiro passo é identificar as necessidades da empresa e os casos de uso que se beneficiarão da computação de borda. A redução da latência costuma ser essencial para empresas com aplicativos críticos, suporte a dispositivos IoT (Internet das Coisas) e melhoria da eficiência operacional.

2 –   Identificação de locais de implantação

Determine onde os data centers de borda serão implantados. Isso pode incluir locais próximos a clientes, centros de produção, instalações remotas ou qualquer lugar onde a latência baixa seja crítica.

3 – Seleção de hardware e infraestrutura

Escolha o hardware e a infraestrutura adequados para os data Centers de borda, incluindo servidores, armazenamento, sistemas de refrigeração e soluções de energia redundantes. Projete-os com escalabilidade em mente. Afinal, na medida que as necessidades mudam, a adição de mais capacidade de processamento se fará necessária.

4 – Conectividade de alto desempenho

É importante garantir que os data centers de borda tenham conectividade de alta velocidade e redundante para se comunicar com o data center central e outros locais de borda.

5 – Implementação de Segurança e proteção de dados

Implementar medidas de segurança robustas para proteger os Data Centers de borda contra ameaças físicas e cibernéticas, incluindo controle de acesso, monitoramento de segurança, criptografia e medidas de proteção contra intrusões.

6 – Escolha das plataformas de software adequadas para gerenciamento dos data centers de borda.

7 – Implementação dos aplicativos e cargas de trabalho

É precico migrar os aplicativos e cargas de trabalho destinados aos sites edge, ajustar e otimizar esses aplicativos para que funcionem eficientemente nos ambientes de borda.

8 – Integração com o data center central

Essa integração costuma envolver o desenvolvimento de políticas de sincronização de dados e gerenciamento de tráfego.

9 – Realização de testes de validação da estratégia Edge

Antes de colocar toda a infraestrutura em operação, há a necessidade de realizar testes de comissionamento e validações extensas para garantir que os data centers de borda atendam aos requisitos de desempenho e segurança. Confira também se a integração entre os sites Edge foi realizada corretamente e que tudo está funcionando como deveria.

10 – Monitoramento e manutenção

Trate de implementar sistemas de monitoramento para acompanhar o desempenho dos data centers de borda e garantir a disponibilidade contínua de toda a estratégia edge. Adote também um plano de manutenção preventiva para garantir que os sistemas estejam funcionando corretamente tanto nos sites de borda quanto no data center central da corporação.

Se possível, garanta que os ativos de todos os centros de dados sejam monitorados 24 horas por dia em NOC (Network Operations Center). Isso levará muito o grau de segurança e confiabilidade da operação. O monitoramento de ativos que pode ser feito em NOC próprio ou terceirizado.