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Home > Monitoramento de TI > Datacenters > Big Techs fazem investimentos bilionários em data centers
Abril 01, 2024
Duas gigantes do mundo da tecnologia anunciaram recentemente investimentos bilionários em data centers. A Amazon planeja gastar cerca de US$ 150 bilhões nos próximos 15 anos para garantir capacidade de processar a crescente demanda das aplicações de Inteligência Artificial e outros serviços digitais. Sem ficar para trás, Microsoft e OpenAI, sua parceira estratégica na área de Inteligência Artificial, estão trabalhando em um projeto de data centers que pode custar até US$ 100 bilhões, incluindo um supercomputador chamado Stargate, com lançamento previsto para 2028.
Segundo a Bloomberg, os investimentos são estratégicos para manter a liderança da Amazon no mercado de serviços em nuvem, acompanha mais de perto pela Microsoft e depois pelo Google. De acordo com estimativas do Synergy Research Group, a participação da Amazon no mercado mundial de infraestrutura de nuvens ficou em 31% no quarto trimestre de 2023, abaixo do patamar de 33% registrado no ano anterior. Em segundo lugar, vem a Microsoft, ampliando lentamente sua parcela no mercado ao atingir um valor máximo histórico de 24% no mesmo período. O Google ocupa a terceira posição com 11%.
A Amazon já havia destinado US$ 148 bilhões nos últimos dois anos para construir e operar data centers em várias regiões do mundo, entre elas Mississipi (EUA), Arábia Saudita, Malásia e Tailândia. Além disso, planeja melhorar outros data centers já construídos, por exemplo, nos estados norte-americanos da Virgínia e do Oregon, reconhecidos por seus custos energéticos atraentes e incentivos fiscais.
Conforme noticiou o site The Information, Microsoft e OpenAI estão correndo cabeça a cabeça nessa disputa bilionária. A Microsoft provavelmente vai financiar o projeto que deverá ser 100 vezes mais caro do que alguns dos maiores data centers já construídos.
Já o supercomputador Stargate, que terá milhões de chips especializados e ficará instalado nos Estados Unidos, pretende ser o maior de uma série que as duas empresas devem construir nos próximos seis anos. De acordo com a Reuters, Microsoft e OpenAI idealizaram supercomputadores em cinco fases, sendo o Stargate integrante da quinta fase. A Microsoft está trabalhando em um supercomputador menor, da quarta fase, para a OpenAI, que deve ser lançado em de 2026.
Microsoft e OpenAI estão no meio da terceira fase desse plano de cinco fases, com uma parte significativa do custo para as próximas duas fases envolvendo a aquisição dos chips de IA necessários, disse o artigo.
A Microsoft fez investimentos bilionários na OpenAI, desenvolvedora do ChatGPT, em janeiro passado. A parceria entre as duas empresas está sob escrutínio da União Europeia, por violar leis de fusão da região, e também de órgãos reguladores dos Estados Unidos e do Reino Unido. Além disso, Elon Musk, cofundador e ex-executivo da OpenAI, já processou a empresa por buscar lucro e divergir de missão original de ser uma organização sem fins lucrativos. A OpenAI revidou publicando e-mails de Musk que pareciam mostrar seu interesse por ganhar dinheiro para financiar suas ambições na área de IA.
Duelo de titãs à parte, há quem pondere se todas as organizações precisam investir em infraestruturas de data centers para acomodar a crescente demanda das aplicações de Inteligência Artificial (IA). Pode parecer à primeira vista que quanto mais se investir em IA, de mais capacidade os data centers será necessária, mas isso pode não ser verdade, segundo explica uma coluna do site DataCenter Knowledge.
São quatro as razões para que os impactos da IA na indústria dos data centers acabem sendo limitados, de acordo com o colunista Christopher Tozzi:
1) Infraestrutura de IA pode ser necessária temporariamente: Muitos casos de uso de IA não exigirão infraestrutura específica de forma permanente, precisando, por exemplo, de poder computacional apenas durante o treinamento. Depois dessa fase, não será preciso tanta capacidade de data centers até o próximo modelo ser treinado.
2) Infraestruturas de IA já estão disponíveis: A compra de infraestrutura de IA e espaço em data centers pode ser feita junto a grandes provedores de IaaS, como Amazon, Microsoft e Google. Por exemplo, instâncias de máquinas virtuais podem ser usadas para realizar treinamento de IA.
3) Poucas empresas vão desenvolver seus próprios modelos de IA: Treinar e implantar modelos de IA do zero é uma tarefa árdua, então muito poucos fornecedores provavelmente o farão e fornecerão os modelos para que outras empresas usem sem necessidade de adquirir infraestruturas próprias de IA.
4) A fase de boom da IA acabará cedendo. Neste momento, a IA Generativa é o tema da moda e exerce pressão para que as empresas invistam em soluções de IA. Mas daqui a cinco ou 10 anos, as estratégias de IA da maioria das empresas provavelmente terão amadurecido. Até lá, haverá tempo para expandir de forma prudente a capacidade dos data centers, caso seja necessário.
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