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Home > Monitoramento de TI > TI Hospitalar > Sensor analisa resistência de bactérias
Outubro 12, 2021
Cientistas da Hong Kong Baptist University (HKBU) desenvolveram um novo sensor com uma estrutura semelhante a de um código de barras para fazer uma triagem rápida e de baixo custo de bactérias resistentes a medicamentos. A intenção é que a novidade seja usada em grande escala em avaliações de água, alimentos e instalações públicas, bem como em pesquisas urgentes de amostras em grande volume durante surtos de doenças infecciosas.
Já há algum tempo, bactérias resistentes a antibióticos se tornaram uma ameaça no universo da medicina devido ao uso excessivo e inadequado desse tipo de medicação. De outro lado, testes de sensibilidade, usados para identificar quais antibióticos podem inibir com efetividade o crescimento de determinados tipos de bactéria, são muito lentos, exigindo de 16 a 24 horas para emitir. Existem versões mais modernas desses testes que são mais rápidas, mas também mais caras e demandam equipamentos laboratoriais mais elaborados.
A inovação proposta pelos pesquisadores da HKBU usa uma técnica mais veloz – que apresenta resultados em apenas três horas – e mais econômica – sem o uso de instrumentos caros de análise – para fazer triagens de amostras bacterianas onde forem necessárias.
“Nosso sistema de análise baseada em ‘códigos de barra’ é um recurso promissor na luta contra a resistência antimicrobiana. Esperamos que beneficie o rastreio rotineiro de bactérias resistentes na indústria alimentícia, no setor público e em instalações de saúde, já que não requer equipamentos avançados nem competências de análise profissional”, destaca Dr. Ren Kangning, professor associado do Departamento de Química da HKBU.
A solução é automática e dispensa microscópios. Uma parte da estrutura faz a cultura de células, usando fluidos para compor o meio, bem como diferentes concentrações do antibiótico. Uma segunda região, com o sensor em formato de código de barras, informa, por meio de um aplicativo móvel, se há bactérias resistentes ao medicamento na amostra. O comprimento das barras será proporcional à quantidade de células bacterianas cultivadas sob as diferentes concentrações do antibiótico.
A imagem apresentada pelo sensor é analisada automaticamente por um aplicativo. Se todas as barras tiverem comprimentos semelhantes, significa que o antibiótico testado não é capaz de inibir o crescimento das bactérias, ou seja, a amostra é resistente ao antibiótico testado. Se o comprimento das barras for inversamente proporcional à concentração do antibiótico, significa que o antibiótico testado é eficaz para evitar o crescimento das bactérias. Quando duas barras adjacentes mostrarem uma diferença acentuada de comprimento, isso indica que o efeito antimicrobiano do antibiótico aumenta quando sua concentração atinge um determinado nível.
Segundo os pesquisadores, o sensor de código de barras produziu resultados consistentes com os apresentados por testes convencionais com as bactérias E.coli e S.aureus.
O custo de produção do novo sensor está estimado em menos de um dólar por unidade. A equipe de pesquisa já entrou com um pedido de patente para a inovação.
Exames laboratoriais mais simples e econômicos como o proposto pela Hong Kong Baptist University é apenas uma faceta dos desafios que o setor de saúde enfrenta. Na tentativa de superar obstáculos relacionados com atendimento de pacientes, fluxo de trabalho e visibilidade de ativos, entre outros, muitos hospitais estão buscando na tecnologia uma aliada para lidar com novas demandas e se preparar melhor para futuras incertezas, como foi a pandemia da Covid-19.
Uma pesquisa recente da Zebra Technologies com mais de 500 líderes de hospitais de nível sênior nas disciplinas clínica, de TI e compras teve como objetivo compreender justamente a função da tecnologia nos ambientes hospitalares.
O estudo revelou, por exemplo, que mais da metade dos entrevistados concorda que a tecnologia pode ajudar a melhorar o rastreamento de medicamentos e também o fluxo de pacientes e do trabalho da enfermagem. Além disso, a pesquisa mostrou que o uso de dispositivos portáteis em vários pontos dos hospitais está evoluindo. A última pesquisa da Zebra na comunidade de saúde em 2017 havia revelado que a maioria dos investimentos em mobilidade se concentrava na cabeceira dos leitos, dando acesso a prontuários eletrônicos e facilitando a comunicação das equipes. Agora os hospitais estão adotando recursos tecnológicos para gerenciar a cadeia de suprimentos, localizar equipamentos e ativos essenciais e controlar a logística de emergências e salas de cirurgia.
Como consequência dessas expectativas, os hospitais pretendem elevar os investimentos em tecnologia. Cerca de nove em cada dez entrevistados responsáveis pela tomada de decisão planejam aumentar os gastos com tecnologia, especificamente nas áreas de TI, mobilidade clínica e soluções de localização, sendo que mais de 35% deles indicaram um aumento superior a 10%.
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