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Home > IoT > IIoT > Redução de CO2 não ocorrerá sem o digital
Setembro 30, 2021
Tecnologias digitais, como Internet das Coisas (IoT) e 5G, podem ajudar na redução das emissões, tema que tem ganhado mais espaço recentemente no mundo empresarial. Um estudo do caso do Reino Unido, por exemplo, mostra como é possível eliminar 17,4 milhões de toneladas de emissões de CO2 por ano, ao serem adotadas nos setores de manufatura, transporte e agricultura e assim desempenhando um papel fundamental para que o governo britânico possa atingir a meta de redução de emissões em 78% até 2035 e zerá-las até 2050. A conclusão é da pesquisa Connecting for Net Zero: addressing the climate crisis through digital technology da Vodafone e da WPI Economics.
O estudo escolheu esses três setores pois todos podem dar contribuições significativas para queda das emissões do Reino Unido. Como era de se esperar, áreas mais densamente povoadas, como é o caso das cidades, respondem por uma parcela maior do volume de carbono emitido. No entanto, nas áreas rurais, as emissões por pessoa são mais altas.
Para a pesquisa, parte da redução das emissões de CO2 não seria possível sem o uso de tecnologias digitais. Por exemplo, no caso da manufatura, iniciativas anteriores bem-sucedidas na redução de emissões tiveram uma desaceleração nos últimos anos, mas tecnologias IoT e 5G, como impressão 3D, sensores inteligentes e automação têm potencial para tirar da atmosfera de 2,7 a 3,3 milhões de toneladas de carbono por ano.
Na agricultura, outra área no Reino Unido com alta taxa de emissões, tecnologias digitais conectadas aplicadas no monitoramento de plantações e na oferta de fertilizantes, rações e água também podem reduzir significativamente o desperdício de recursos e assim contribuir para reduzir as emissões em 2,4 a 4,8 milhões de toneladas de CO2.
E, no caso do transporte de superfície britânico, maior fonte de emissões do Reino Unido e que permanece praticamente inalterada desde 1990, as soluções digitais podem ajudar a reduzir o tráfego e os congestionamentos e, portanto, limitar o uso desnecessário de combustível. É justamente no setor de transporte que há o maior potencial de redução de emissões – até 9,3 milhões de toneladas de CO2por ano, afirma o estudo.
A manufatura britânica já deu passos largos na direção da descarbonização desde o início dos anos 90 até meados dos anos 2000, mas os esforços diminuíram nos últimos anos. Cerca de 82 milhões de toneladas de CO2 foram lançadas na atmosfera como resultado das atividades manufatureiras do Reino Unido em 2019, 15% do total do país.
A tecnologia está na vanguarda das principais ações do governo nos próximos anos para que seja possível zerar as emissões de carbono até 2050. Elas incluem ações voltadas para o uso de fontes de combustível com baixo teor de carbono e a implantação de Tecnologias Digitais Industriais, que podem ser divididas em cinco grupos principais, todos, em grande medida, impulsionados por IoT e 5G:
Além da redução de emissões já citada, quando associadas, essas tecnologias podem oferecer grandes benefícios em termos de produtividade, qualidade e eficiência, por exemplo, por meio do menor consumo de energia, da promoção da economia circular e da menor poluição. Além disso, uma análise da Accenture revelou que a adoção de Tecnologias Digitais Industriais é capaz de gerar um crescimento no setor de manufatura entre 1,5% e 3% ao ano, com um aumento líquido conservador de 175 mil postos de trabalho.
A agricultura foi responsável por 46,3 milhões de toneladas de emissões de CO2 em 2019, parcela de 9% do total gerado pelo Reino Unido. As atividades agrícolas são consideradas diferentes de outras áreas por duas razões principais:
• Sua principal emissão de gases de efeito estufa não é de CO2, mas sim de etano e óxido nitroso.
• Contribuem para a mudança climática, mas também atuam como parte da solução – com árvores, grama e outras plantas não agrícolas em terras administradas por fazendeiros que capturam CO2da atmosfera.
As tecnologias digitais podem a tornar a agricultura mais inteligente por meio de sensores IoT que ajudem a usar melhor recursos naturais, reduzir as emissões provenientes do consumo de fertilizantes, promover uma agricultura regenerativa e restaurar a biodiversidade.
O transporte é atualmente a maior fonte de emissões do Reino Unido, sendo que a parcela gerada pelo transporte de superfície (não relacionado à aviação nem às vias marítimas) permaneceu praticamente inalterada desde 1990, somando 113 milhões de toneladas de CO2 em 2019, ou 22% do total produzido pelo Reino Unido. Cerca de 78% das emissões do transporte de superfície vêm de automóveis e vans leves. O fato é que, apesar da significativa economia de eficiência que o setor obteve, houve também um aumento da demanda.
A IoT como existe hoje pode desempenhar um papel importante na redução das emissões no curto prazo ao ajudar a mudar o comportamento dos motoristas e, ao mesmo tempo, servir de base para veículos conectados e autônomos e, em última análise, veículos elétricos. A IoT e as as redes 5G também contribuem para promover logísticas de transporte mais eficientes, seguras e com menos desperdícios, usando recursos aprimorados de rastreabilidade nas cadeias de valor.
Em tempo: um relatório anterior da Vodafone e WPI Economics já havia abordado os desafios da descarbonização de edifícios comerciais e o papel das tecnologias digitais para ajudar a reduzir as emissões.
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