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Home > IoT > Monitoramento de recursos > O futuro da infraestrutura é sustentável e digital
Janeiro 20, 2023
Com as tendências macroeconômicas de volatilidade, inflação generalizada e preocupações com uma recessão, muitos investidores se voltaram para a infraestrutura. O investimento em infraestrutura sustentável — que inclui ativos como parques solares e eólicos, bem como investimentos socialmente sustentáveis, como hospitais que aumentam o acesso a cuidados de saúde essenciais — aumentou nos últimos 15 anos, segundo estudo do PitchBook.
A arrecadação de fundos para infraestrutura digital também aumentou rapidamente nos últimos 15 anos e espera-se que continue nesse caminho, apoiada pela digitalização da economia; aumento das necessidades em torno de dados devido a desenvolvimentos tecnológicos, como IA e Machine Learning; e apoio político e regulatório mais amplo.
Muitos dos ventos favoráveis econômicos, políticos e sociais que apoiaram a arrecadação de fundos em infraestrutura sustentável e digital persistirão — se não se intensificarem — daqui por diante, diz o estudo. Até porque, à medida que a população continua a crescer e a natureza globalizada da economia persiste, a preservação e otimização dos recursos naturais por meio de infraestrutura, e o aumento da conectividade, vêm tornando-se ainda mais importantes.
Geograficamente, os fundos norte-americanos dominaram o cenário de captação de recursos em 2022, tanto pelo número quanto pelo tamanho dos fundos arrecadados domiciliados na região. Até o terceiro trimestre, mais capital foi comprometido com fundos na América do Norte do que em qualquer outro ano completo registrado, em US$ 71,9 bilhões, 75,5% do capital levantado em 2022 até o terceiro trimestre.
Em contraste, a Europa teve um de seus anos de arrecadação de fundos menos bem-sucedidos na história recente, com apenas US$ 17,4 bilhões comprometidos com veículos naquela região, representando 18,3% do capital levantado no terceiro trimestre de 2022. Isso foi uma inversão de papéis em relação a 2021, quando a Europa os fundos receberam 54,3% dos compromissos e a América do Norte recebeu 30,2%.
Como a América do Norte e a Europa historicamente levantaram proporções bastante iguais de capital, essas mudanças são incomuns, mas provavelmente serão típicas nos próximos anos.
Exemplos de investimentos em infraestrutura ambientalmente sustentável incluem ativos de energia renovável, como parques solares ou eólicos e ativos de captura de carbono. Exemplos de investimentos em infraestrutura socialmente sustentável incluem hospitais que aumentam o acesso a cuidados de saúde essenciais e escolas que aumentam o acesso àeducação.
No que diz respeito à forma como a infraestrutura sustentável continuará a moldar o investimento europeu em infraestrutura, a crise energética da UE parece ter reforçado a necessidade de energias renováveis e o afastamento dos combustíveis fósseis, ao mesmo tempo em que fez com que os estados-membros voltassem à energia intensiva em carbono. Na opinião de Anikka Villegas, autora do estudo do PitchBok, é provável que, embora o progresso da UE em direção às metas de redução de carbono possa diminuir, o investimento em infraestrutura sustentável persistirá, pois os combustíveis fósseis são usados como muleta de curto prazo, mas as metas em torno de uma transição para energia renovável de baixo carbono continuam sendo uma prioridade.
Segundo Anikka, os ventos favoráveis sociopolíticos para o investimento em infraestrutura sustentável na UE são duradouros e, à medida que as mudanças climáticas e seus impactos se tornam cada vez mais prementes, intensificam-se. À medida que mais países europeus adotam energia limpa e trabalham em direção a uma rede de energia interconectada, os efeitos de rede da energia renovável também a tornarão ainda mais econômica e, assim, acelerarão a adoção. Hoje já é mais barato construir e operar usinas renováveis do que de carvão ou de gás.
Desenvolvimentos tecnológicos contínuos relacionados à sustentabilidade também podem beneficiar ativos de infraestrutura mais tradicionais. Por exemplo, veículos elétricos autônomos (EVs) poderiam potencialmente quadruplicar a capacidade de rodovias com pedágio, aumentando assim sua capacidade de gerar retornos. A maior viabilidade e suporte para cidades inteligentes sustentáveis também aumentou a oportunidade de melhorar a sustentabilidade da infraestrutura e os resultados por meio da tecnologia.
As cidades inteligentes utilizam uma ampla gama de soluções habilitadas tecnologicamente para melhorar a qualidade de vida, a eficiência das operações e serviços e a competitividade das cidades. O gerenciamento inteligente de água e resíduos, por meio de sensores e outras tecnologias conectadas, por exemplo, permite a detecção precoce de vazamentos e poluição, coleta de resíduos just-in-time e planejamento de manutenção preditiva.
Já o investimento em infraestrutura digital — que inclui telecomunicações, banda larga e data centers — mais que dobrou no período de 2018 até o terceiro trimestre de 2022, comprado ao período anterior. Por vários motivos. Em primeiro lugar, a economia tem sido cada vez mais digitalizada, com a expansão do comércio online e da atividade comercial aumentando a demanda por conectividade, tanto em países desenvolvidos quanto em países em desenvolvimento. Em segundo lugar, tecnologias como Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial (IA) têm experimentado uma adoção crescente. Não apenas mais elementos da vida diária são digitalizados, como também exigem mais dados.
Em terceiro lugar, com mais gestores de ativos alinhando seus portfólios com estruturas como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS da ONU) e o IRIS+ da Global Impact Investing Network (GIIN) nos últimos anos, especialmente na Europa, a infraestrutura digital se beneficiou de sua qualificação como positivamente impactante.
Movimentos para melhorar o acesso igualitário a recursos como a internet, devido às vantagens econômicas associadas a esse acesso, também se fortalecerão à medida que mais jovens, orientados para a justiça social, entrarem na idade de votar. Dado esse fato, a infraestrutura digital está bem posicionada para tirar proveito de seu status aceitável, principalmente entre investidores de impacto.
Há anos o WEF bata na tecla da necessidade de uma infraestrutura pública digital inclusiva, equitativa e segura para o mundo. Os investimentos privados em infraestrutura são um empurrãozinho para imaginar os blocos de construção nos quais a infraestrutura digital global compartilhada possa emergir. Afinal, na definição da WEF, a infraestrutura pública digital refere-se a soluções e sistemas que permitem o fornecimento eficaz de funções e serviços essenciais para toda a sociedade nos setores público e privado.
Os principais instrumentos de colaboração internacional, como o Pacto Digital Global da ONU e a Aliança de Bens Públicos Digitais, coorganizados pelo UNICEF, já estão em andamento para aumentar a colaboração no compartilhamento e implementação de infraestrutura pública digital.
Pensar na infraestrutura digital necessária para apoiar a inteligência e as economias digitais inclusivas do futuro requer uma abordagem holística tanto das diretorias quanto dos altos cargos do governo. Da infraestrutura de comunicações e computação aos componentes, necessidades de segurança e capacitação de uma força de trabalho pronta para o digital e um ecossistema empreendedor, a preparação para o nosso futuro digital é um esporte de equipe.
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