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Home > IoT > Mais de 10,8 milhões de postes inteligentes serão instalados até 2030
Março 28, 2023
Grandes centros urbanos, como a metrópole de São Paulo, no Brasil, vivem um cenário trágico com emaranhados de fios e cabos que geram interrupções na prestação de serviços públicos, como energia, telefonia e acesso à Internet, além de oferecer riscos à população e prejuízos financeiros a empresas e cidadãos. Isso sem falar na poluição visual urbana, que faz o panorama urbano mais parecer com um grande ninho de ratos.
Para nos limitar ao caso de São Paulo, a prefeitura tinha planos de enterrar cerca de 52 quilômetros de fios elétricos e cabos de serviços de telefonia e de TV e tirar do caminho mais de 2 mil postes na capital até 2018. Passados quase cinco anos e sem ou pouco resultado na prática, a gestão pública e empresas envolvidas afirmaram que um novo cronograma está sendo desenvolvido.
Infraestruturas de fios e cabos são parte essencial dos grandes centros urbanos, portanto, não podem passar ao largo dos projetos urbanos em geral e, em particular, das cidades inteligentes. No entanto, o conceito envelhecido de cidades inteligentes falha em cumprir suas promessas. “Novas abordagens são necessárias na forma de soluções mais expansíveis, holísticas e eficazes para transformar a infraestrutura urbana inteligente e acelerar sua implantação”, afirma Dominique Bonte, vice-presidente de mercados e verticais na ABI Research.
Postes inteligentes são pontos de agregação multifuncionais para infraestruturas urbanas inteligentes, que abrangem pontos de iluminação e de serviços públicos conectados. Podem se tornar uma estrutura econômica, escalável e modular para a implantação do espectro completo de infraestrutura urbana inteligente, variando desde pequenas células 5G e pontos de acesso Wi-Fi a câmeras de vigilância e tráfego, sinalização e exibição de informações, soluções de monitoramento de qualidade do ar, de pontos de inundação e locais de carga e descarga.
Os principais fornecedores de tecnologia para postes inteligentes são Ubicquia, Verizon, Huawei, Signify, Nokia/LuxTurrim5G e Ekin Smart City Solutions.
De acordo com uma pesquisa da ABI Research, investimentos em tecnologias de postes inteligentes ao nível mundial crescerão de US$ 10,8 bilhões em 2022 para mais de US$ 132 bilhões em 2030. Mais de 10,8 milhões de postes inteligentes serão instalados até 2030.
Essa cifra inclui também investimentos em corredores inteligentes, que abrangem várias tecnologias, como semáforos adaptativos cooperativos e infraestrutura rodoviária, que vão viabilizar a condução autônoma, otimizar o fluxo do tráfego, aprimorar a segurança nas rodovias e facilitar o transporte sustentável em distâncias mais longas. As principais iniciativas governamentais de corredores inteligentes são o programa Connecting Europe Facility (CEF2) da União Europeia para financiar e implantar corredores 5G e a Lei de Infraestrutura Bipartidária (BIL) dos Estados Unidos.
Em fevereiro passado, Kaohsiung, maior cidade portuária em Taiwan, anunciou um projeto de postes inteligentes no valor de US$ 1,5 milhão. A solução usa a tecnologia Utilus Smart Pole da Iveda, que reúne vigilância por vídeo, análise de vídeo baseada em Inteligência Artificial, sistema de energia inteligente e rastreadores baseados em localização e sensores inteligentes em uma plataforma centralizada.
Os postes multifuncionais e inteligentes da Utilus ajudarão a cidade de Kaohsiung a superar diversos desafios urbanos, como melhorar a gestão de estacionamento e do tráfego, faciliar a carga de carros elétricos e até detectar e notificar autoridades sobre inundações, tudo por meio de alertas em tempo real.
Os postes de luz de Kaohsiung poderão se comunicar entre si, estabelecendo uma rede distribuída de vigilância por vídeo. Também ajudarão no gerenciamento remoto de equipamentos, como medidores de água e de eletricidade.
A plataforma Utilus consiste em uma rede de comunicação em malha sem fio com recursos WiFi, 4G e 5G, além de outros protocolos sem fio, conforme necessário. Também inclui um sistema de bateria para armazenamento de energia que garante a continuidade das operações. A cidade poderá ampliar a instalação, conforme necessário, adicionando câmeras com IA, sensores ambientais e de tráfego. Os postes inteligentes também oferecerão à cidade de Kaohsiung oportunidades de monetização, com divulgação de mensagens de publicidade, por exemplo.
Outra cidade que já adotou o conceito de postes inteligentes foi Seul, em um projeto que reúne sistemas de iluminação pública, semáforos, sensores ambientais, contadores de passos, carregadores de smartphones, pontos de acesso Wi-Fi e circuitos fechados de TV. Os postes são personalizados com funções específicas para as necessidades de cada região da cidade. A ideia é ainda usar drones e veículos elétricos para detectar violações de estacionamento, monitorar possíveis desastres e ajudar em esforços de resgate de emergência. Os drones serão recarregados na parte superior dos postes.
Cora Glables, uma cidade próxima a Miami, nos Estados, também está adotando postes inteligentes com recursos de Inteligencia Artificial que apresentam vídeos ao vivo e análises em tempo real para os Centros de Inteligência e de Operações de Emergência da cidade. A solução está integrado à plataforma de IA para, a partir de dados de sensores, fornecer informações à gestão pública e aos cidadãos. Os postes incorporam conexões Wi-Fi e 5G, além de sistemas de tráfego, sensores ambientais, de tráfego e de segurança.
Já a União Europeia quer atualizar 10 milhões de postes inteligentes para serem alimentados por energia solar e capazes de prestar vários serviços aos cidadãos nas cidades da região. Existem entre 60 e 90 milhões de postes de luz nas cidades europeias, sendo que 75% deles têm mais de 25 anos. Representam entre 20% a 50% da conta de energia de uma cidade; coletivamente, o custo anual de energia de iluminação pública chega a € 3 bilhões. E a inação nessa área resulta em uma perda de oportunidade de economia de energia de € 200 milhões por semana.
“O principal impulsionador das implantações de postes inteligentes é a densificação das redes na forma de pequenas células 5G e futuras 6G e o uso do espectro de rádio mmWave. Espera-se que o ecossistema de telecomunicações financie, pelo menos, parcialmente as funcionalidades de cidades inteligentes incorporadas em postes inteligentes”, explica Bonte.
Os principais obstáculos dos projetos de postes inteligentes têm a ver com a propriedade compartilhada e gerenciamento dos ativos, prioridades dos agentes públicos, preocupações com privacidade dos dados gerados pelos sensores, além da falta de conscientização dos benefícios para as cidades com oportunidades de monetização em forma de economia de custos e receitas de publicidade, por exemplo.
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