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Home > IoT > IoT e satélites, uma parceria promissora
Setembro 30, 2023
A Internet das Coisas (IoT) e tecnologias de redes não terrestres (NTN) – que utilizam meios aéreos ou espaciais para transmissão dos dados – estão impulsionando o mercado de serviços de satélite que deverá estar avaliado em US$ 124,6 bilhões em receita anual no final da década. A cifra será alimentada pela crescente adoção de serviços baseados em constelações de satélites destinadas a aplicações de rede de baixa latência e alto desempenho e pela maior cobertura das redes terrestres, segundo estudo da ABI Research.
“Os serviços de comunicação por satélite têm visto uma nova onda de entusiasmo e convergência com as redes terrestres que procuram ir além de suas zonas de cobertura e reduzir a exclusão digital. Estamos testemunhando uma crescente tendência entre operadores que usam satélites definidos por software e soluções multiórbitas para atender às demandas de conectividade do futuro”, afirma Andrew Cavalier, analista da ABI Research.
Satélites são velhos conhecidos nossos quando falamos de comunicação de grandes infraestruturas de telecomunicação, mas não para simples mortais com seus equipamentos pessoais ou empresas de pequeno e médio portes de variados setores. Agora o cenário mudou, com as tecnologias de redes de satélite garantindo cobertura em áreas que as redes terrestres não conseguem alcançar. Além disso, as redes NTN via satélite serão capazes de trabalhar com dispositivos IoT e IIoT (IoT industrial) em massa em setores como automotivo, saúde, agricultura, serviços públicos, transporte e segurança pública, entre outros.
Alinhado com o crescente interesse em comunicação via satélite nos últimos anos, o 3rd Generation Partnership Project (3GPP), grupo que reúne sete organizações de desenvolvimento de padrões de telecomunicações, liberou recentemente a especificação Release 17 com novos avanços para redes 5G, mas também com dois novos padrões, New Radio NTN (NR-NTN) e IoT-NTN, que devem estabelecer as bases para comunicação entre satélites e equipamentos de uso pessoal e empresarial em massa.
No caso particular da IoT, o casamento com a comunicação via satélite parece perfeita em casos de uso de baixa complexidade, em que a transmissão de dados não é periódica e a capacidade de economizar energia é desejável para baixas taxas de dados e comunicação com alta Qualidade de Serviço (QoS), destaca ABI Research.
Essas aplicações abrangem gestão de frota, monitoramento baseado em condições e rastreamento de ativos, nas quais os serviços de comunicação via satélite podem oferecer conectividade mais confiável em áreas remotas. Nas cadeias de abastecimento, por exemplo, ativos transportados podem deixar de ser monitorados em situações nas quais os veículos de transporte perdem a conexão quando estão fora do alcance das torres de comunicação móvel. Se estiverem usando conectividade via satélite, a cobertura é garantida.
Dentro do mercado de redes móveis NTN, podemos destacar três segmentos principais: NB-NTN, NTN não modificado e 5G NR-NTN. Os primeiros dispositivos NTN conectados por satélite serão do tipo NB-NTN e vão priorizar mensagens de texto com baixa taxa de dados e o recurso Push-to-Talk (PTT) para cobertura de emergência fora das redes terrestres. O relatório da ABI Research cita o caso recente de uma família em apuros durante os incêndios florestais de Maui que foi resgatada graças os serviços de emergência via satélite do iPhone 14.
Já os dispositivos NTN não modificados usam a comunicação via satélite sem precisar de System on Chips (SoC) NTN, contando apenas com software 5G NTN UE para garantir conectividade. Gradualmente, o mercado mudará para soluções NR-NTN nativas para permitir taxas de dados mais altas e acesso à Internet. Isso deve gerar novos casos de uso para consumidores e empresas em geral.
A ABI Research prevê que, até 2030, haverá mais de 175 milhões de conexões móveis NTN em todo o mundo. Isso representará US$ 16,3 bilhões em receita gerada até o final do período de previsão ou taxa composta de crescimento anual de 76% entre 2022 e 2030. Apesar de ter mais conexões em nível global, a receita do padrão NB-NTN será superada por NR-NTN, dado o melhor desempenho do segundo em relação ao primeiro e, portanto, mais faixas de preços.
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