Índice avalia maturidade na área da Indústria 4.0

Uma pesquisa realizada por Nokia e ABI Research com líderes de IT e OT estabeleceu um Índice de Maturidade para Indústria 4.0 em cinco principais setores de atividade. O objetivo é mostrar como plantas industriais nos segmentos de produtos químicos, metalurgia, petróleo, mineração, eletrônicos e eletrodomésticos, maquinário pesado e portos e logística, estão se preparando para acompanhar a evolução da Indústria 4.0 e também criar uma referência para que outras empresas comparem seus avanços de digitalização no caminho em direção ao metaverso industrial.

Com pontuações médias de 66 pontos para maturidade tecnológica e de 68,8 pontos para maturidade de implementação de casos de uso, em uma escala que vai a 100, as respostas mostraram que os fabricantes de eletrônicos e eletrodomésticos estão liderando a lista com pontuações de 73,1 e 79,5, respectivamente.

Os investimentos em tecnologia feitos por empresas nesse setor incluem a implantação de dispositivos robustos para trabalhadores e sistemas de gestão de armazéns na nuvem para cadeia de suprimentos e logística. Tecnologias digitais estão sendo adotadas para apoiar a manutenção preventiva, a análise de dados e o uso de drones nas aplicações industriais.

Outras revelações do estudo apontam que os principais impulsionadores da digitalização são a busca pela otimização das operações da força de trabalho e pela segurança, com pontuação de 7,4 em 10, e pelas metas de sustentabilidade, com pontuação de 7,29.

Alguns detalhes sobre investimentos e casos de uso revelados pelos estudo por setor são:

• Fabricantes de eletrônicos e eletrodomésticos lideram com investimentos em redes 5G privadas e edge computing para apoiar estratégias de dados.

• Investimentos em redes de campus e 4G privado permitem que metalúrgicas controlem equipamentos e operações. Esses investimentos também permitirão atender às demandas de clientes e metas de sustentabilidade.

• O alinhamento entre equipes de IT e OT em produtores de petróleo ajudará as a monitorar as emissões e usar drones para manter os níveis de segurança.

• Fabricantes de produtos químicos estão usando dados para cumprir regulamentos, prestar suporte aos clientes e otimizar a força de trabalho.

• Operadores de portos e empresas de logística estão atrasados em relação a outros setores no que diz respeito a casos de uso, como Veículos Guiados Automatizados e Robôs Móveis Autônomos (AMRs), e precisam explorar suas infraestruturas de IT.

• Problemas de produção estão levando mineradoras a considerar investimentos na transformação digital. Investir na digitalização dos equipamentos deve ser prioridade para apoiar o monitoramento das emissões.

• Fabricantes de máquinas pesadas devem investir na digitalização de maquinários de produção e em aplicativos para melhor alinhar os ambientes de IT e OT.

Para complementar a pesquisa, Nokia e ABI Research desenvolveram uma ferramenta de referência de autoavaliação que pode ser usada para entender como inovar e aprimorar os recursos de digitalização, levando em conta aspectos importantes como segurança e automação.

“A Nokia quer simplificar e acelerar a transformação digital em vários setores. O Índice de Maturidade para Indústria 4.0 e a ferramenta de autoavaliação vão ajudar plantas industriais a entender onde estão e como progredir nesse campo. Estamos vendo os investimentos aumentando este ano, e isso é confirmado por nossa pesquisa que mostra que as indústrias estão, em média, se aproximando da meta de alinhar IT e OT”, destaca Stephan Litjens, vice-presidente de negócios do Enterprise Campus Edge na Nokia.

O que pensam as indústrias e empresas de manufatura (I&M)?

Indústrias e empresas de manufatura (I&M) estão em busca de uma série de resultados quando pensam em investir em iniciativas de Indústria 4.0. Os principais foco de atenção são:

• Melhorar o desempenho de máquinas, equipamentos e outros ativos.
• Melhorar a linha de produção e operações.
• Otimizar a força de trabalho e a segurança dos funcionários.
• Aumentar a agilidade da empresa para lidar com instabilidades do mercado, riscos políticos e condições econômicas.
• Ajudar a atingir as metas de sustentabilidade.

Um diagrama produzido pelo estudo mostra que esses focos de atenção com a média da pontuação dada pelos entrevistados.

Para tratar das razões que estão levando as empresas a implementar iniciativas de Indústria 4.0, a pesquisa questionou se os projetos de transformação digital tiveram origem externa ou foram mais influenciados por preocupações ou objetivos internos. As respostas foram apresentadas pelo estudo no gráfico a seguir.

E, para conhecer em que as empresas estão pensando em investir, foi usada uma escala contínua de 0  a 10 pontos. Em um extremo, a resposta indica que não há planos de investimento em tecnologia em um futuro previsível (0); no outro extremo (10), a resposta aponta que estão em estudo novas iterações tecnológicas. As respostas levam em consideração orçamentos destinados a cada área da infraestrutura de TI nos próximos 12 meses e se as tecnologias já foram implementadas nas instalações aplicáveis. O gráfico a seguir mostra as pontuações medianas para cada área de investimento em TI.

O estudo também abordou quais armadilhas ao longo dos projetos de transformação digital estão dificultando os investimentos e a entrega de resultados. Vários fatores relacionadas a pessoas, políticas e tecnologias foram apontados, mas a falta de alinhamento entre as equipes de IT e OT  continua sendo a barreira principal. De igual importância é a falta de expertise interna. Outro obstáculo é o receio dos funcionários de serem substituídos por tecnologias e perderem seus empregos. Preocupações com segurança cibernética impedem que investimentos sejam feitos.