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Home > Monitoramento de TI > Datacenters > HCI, para que te quero?
Março 16, 2021
Um dos temas que têm recebido muita atenção no espaço dos data centers é a infraestrutura hiperconvergente (Hyperconverged Infrastructure ou HCI). Sete em cada 10 das empresas devem estar usando alguma forma de HCI até 2023; essa parcela era de menos de 30% em 2019, de acordo com o relatório Quadrante Mágico para Infraestruturas Hiperconvergentes do Gartner de 2020. O interesse pode ser traduzido em números – a previsão é que esse mercado cresça a uma taxa anual composta de 26,1% prevista para período 2019-2026, atingindo um valor estimado em US$ 31,36 bilhões ao final do período, segundo estudo divulgado no final de 2020.
As HCIs assumem que convergência (leia-se integração de unidades de processamento, de armazenamento e equipamentos de rede em pequenos appliances) e gestão unificada podem resolver um dos velhos problemas de data centers tradicionais, que é a dificuldade de administrar as complexidades desses ambientes, em geral, formados por equipamentos de diferentes fornecedores, que mais parecem uma colcha de retalhos.
Os elementos de hardware nos appliances (nem todos os três tipos precisam estar presentes)são virtualizados, escalonáveis e gerenciados a partir um única ferramenta. A ideia central é combinar nativamente dois ou mais componentes em uma unidade batizada de nó. Para serem mais eficazes, devem estar integrados na origem e não apenas agrupados posteriormente. Os nós podem ser organizados em pools para serem distribuídos pelas cargas de trabalho do data center.
Apenas como comparação, as infraestruturas convergentes são formadas por componentes de TI projetados também para trabalhar juntos, mas podendo ser separados – por exemplo, as unidades de armazenamento e os equipamentos de rede podem ser isolados uns dos outros. Isso não é possível com os appliances das HCIs, pois estão integrados em uma única plataforma de hardware.
Líderes de TI que abraçam a hiperconvergência estão buscando reduzir os recursos de tempo e pessoal e, consequentemente, os custos envolvidos na administração dos data centers – e também aumentar a capacidade de expansão conforme a demanda. É como ter nuvens e a flexibilidade típica dessas arquiteturas dentro de ambientes próprios, mas sem perder o controle das instalações e sem investir muito na gestão.
E se alguém falar que HCI também tem a ver com edge computing? Pode parece loucura já que a primeira é um design avançado de data centers enquanto a segunda é justamente processar dados fora dos data centers, normalmente em dispositivos nas extremidades das redes. No entanto, como dizem alguns iniciados, na era da edge computing e da Internet da Coisas (IoT, na sigla em inglês), todo ponto na periferia das redes é um data center em potencial, guardadas as proporções, literalmente.
Algumas organizações de TI passaram a olhar para a HCI como uma aliada nas áreas de edge computing e IoT. Ambas estão promovendo um crescimento enorme do número de dispositivos e sensores. Em proporção ainda maior, cresce o volume de dados gerado por eles e que é, então, transferido para os data centers para tratamento.
Para dar uma ideia, apenas o mercado de edge computing foi avaliado em US$ 1,7 bilhões em 2019, valor que deve chegar a US$ 8,2 bilhões em 2025, com uma taxa anual composta de crescimento de 29,4% no período. Esse estudo da ReportLinker prevê que vários setores devem adotar a edge computing ao longo dos anos, especialmente no campo da IoT. Com mais de 50 bilhões de dispositivos conectados, a Huawei, uma das principais fornecedoras mundiais de equipamentos de telecomunicações e eletrônicos de consumo, afirmou que mais de 50% dos dados já estariam sendo processados, analisados e armazenados nas bordas das redes em 2020.
No entanto, para melhorar o tempo de resposta das aplicações de edge computing e economizar largura de banda, é preciso encontrar maneiras melhores e mais eficazes de tratar esses dados nas extremidades.
São nesses pontos que os sistemas hiperconvergentes podem ajudar, quando implantados perto das fontes geradoras dos dados, como sensores IoT, dispositivos inteligentes, escritórios remotos ou usuários em trânsito, por exemplo. Essas arquiteturas – de formatos muito compactos e facilmente gerenciados à distância, se preciso for – podem ser responsáveis pelo processamento e envio dos dados aos data centers ou para nuvem, apenas após análise e filtragem prévias com base em critérios de valor e relevância.
Por exemplo, o vídeo das câmeras de segurança nas ruas de uma grande cidade pode ser armazenado e processado por pequenas HICs nas delegacias da região, para que só depois os dados processados e mais relevantes sejam enviados para a secretária de segurança do estado, onde estão os data centers, ou para a nuvem. Outros exemplos são drones e os atuais e futuros veículos autônomos, que capturam e precisam processar dados localmente. As HCIs usadas nessa situação precisam ser mini-data centers capazes de processar sistemas de inteligência artificial.
Nesses e outros contextos similares, a proposta das HCIs é oferecer uma arquitetura simples, com pequenos blocos de construção, muito fácil de construir, implementar, operar e expandir. Podem permitir fazer mais com menos.
Seguem alguns dos benefícios da hiperconvergência que podem cair no gosto dos gerentes de data centers:
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