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Home > Monitoramento de TI > TI Hospitalar > Falta de responsabilidades bem definidas afeta IoMT
Agosto 09, 2022
Taxas alarmantes de ataques cibernéticos às empresas da área de saúde ao redor do mundo não têm saído do noticiário nos últimos tempos. É bem verdade que outros setores de atividade também têm sido alvo de grandes invasões, em particular os de infraestrutura crítica. No entanto, no caso de hospitais e clínicas, qualquer falha de segurança pode gerar fatalidades e não apenas perdas financeiras.
Não é desconhecido que esse também é um setor que apresenta baixos níveis de proteção para sistemas, redes e, mais recentemente para dispositivos de Internet das Coisas (IoT) e Internet das Coisas Médicas (IoMT). Um relatório elaborado em conjunto pelo Ponemon Institute e pela Cynerio, baseado em dados fornecidos por 517 especialistas em saúde em cargos de liderança em hospitais e sistemas de saúde nos Estados Unidos, apresentou em número os riscos mais comuns enfrentados por instalações de saúde e seus profissionais.
Mais da metade das organizações entrevistadas (56%) já havia sofrido um ou mais ciberataques nos últimos 24 meses envolvendo dispositivos IoMT/IoT, com uma média de 12,5 ataques no período. Por conta das invasões, 45% dos entrevistados relataram impactos adversos no atendimento aos pacientes e 53% desse grupo (24% no total) reportaram impactos que resultaram no aumento das taxas de mortalidade.
Como o que está ruim também pode piorar, outro fato identificado no estudo é que invasores costumam realizar operações de longo prazo com ataques repetidos. Dos 56% dos entrevistados citados anteriormente, que sofreram pelo menos um ataque cibernético nos últimos 24 meses, 82% foram vítimas de uma média de quatro ou mais ataques no período. Em particular, ataques de ransomware tiveram taxas quase parecidas, com 43% dos entrevistados tendo sofrido um ataque e 76% desse conjunto tendo experimentado uma média de três ou mais.
E por falar em ransomware, os hospitais estão cada vez mais considerando pagamentos de resgate como uma opção viável para acelerar a recuperação dos dados – 47% dos que sofreram esse tipo de ataque acabaram pagando o resgate, e 32% dos resgates pagos ficaram na faixa de US$ 250 mil a US$ 500 mil. Aqueles que não pagaram o resgate, em geral, atribuíram suas decisões a uma estratégia de backup eficaz (53%) e à política da empresa (49%).
Revender dados de pacientes segue tendo valor, conforme citado por 43% dos entrevistados que sofreram pelo menos um caso de violação de dados nos últimos 24 meses. Desses, 65% passaram por uma média de 5 ou mais violações de dados no período, com dispositivos IoT/IoMT envolvidos em 88% das vezes. O custo médio da maior violação de dados envolvendo esses dispositivos IoT/IoMT, incluindo despesas diretas e custos indiretos e oportunidades de negócios perdidas, foi estimado em US$ 13 milhões para as organizações representadas na pesquisa.
Uma razão para a insegurança vem da falta de responsabilidades bem definidas. Quando os entrevistados foram questionados sobre que área é a principal responsável por garantir a segurança dos dispositivos em risco, nenhuma função recebeu mais de 18% das respostas. Mesmo as principais respostas variaram muito, incluindo desde CIOs/CTOs (18%), líderes operacionais (14%), CISOs/CSOs (14%) e líderes de redes (11%).
Quando se trata do nível de riscos de segurança gerados por dispositivos IoT/IoMT, 71% dos entrevistados o classificaram como alto ou muito alto, mas apenas 21% relataram estar em um estágio maduro de proatividade na área de cibersegurança. Em cerca de metade dos casos (46%), há verificação básica dos dispositivos, mas dois terços dos entrevistados (67%) não rastreiam o relatório resultante.
A boa notícia é que os responsáveis pelo orçamento têm lutado por mais recursos para proteger seus ambientes. Os investimentos típicos em TI são estimados, em média, em US$ 145 milhões para o ano fiscal, e 17% desse volume se concentrada em segurança. Dos gastos com segurança, uma média de 20% foi direcionada para os dispositivos IoT/IoMT.
Como acontece em outros setores além da área de saúde, são explorados pelos invasores pontos fracos como escassez de pessoal e falta de conhecimento na área de segurança de dispositivos IoT/IoMT. Entre as principais ameaças à IoT e outros dispositivos conectados com as quais os entrevistados expressaram mais preocupação foram a falta de visibilidade nas redes IoT (45%), phishing (45%), ataques zeroday (41%) e de ransomware (39%).
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