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Home > Cibersegurança > Encontro na Casa Branca discute segurança do código aberto
Janeiro 18, 2022
O recente caso envolvendo vulnerabilidades no Log4j, biblioteca Java de código aberto desenvolvida pela Apache Foundation e amplamente usada por desenvolvedores para acompanhar o que acontece com aplicativos e serviços na Internet, emitiu um alerta para a importância da segurança dos códigos abertos (open source) e das cadeias de fornecimento de software.
Por conta disso, a Casa Branca dos Estados Unidos e gigantes da tecnologia decidiram discutir iniciativas para melhorar rapidamente a segurança do código aberto. Em uma carta-convite para a reunião, Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional, afirmou que “software de código aberto é uma grande preocupação para a segurança nacional”. Para o governo norte-americano, essa categoria de software está onipresente em todos os setores da economia e, inclusive, pela comunidade de segurança nacional dos Estados Unidos. No entanto, apresenta desafios de segurança únicos devido à amplitude de uso e ao número de voluntários responsáveis pela manutenção contínua do open source, em geral.
A agenda do encontro se concentrou em três tópicos: prevenir falhas e vulnerabilidades de segurança; aprimorar o processo de identificação e correção dos problemas; e redução do tempo de resposta para distribuir e implementar as correções.
Em relação ao primeiro tópico, discutiu-se como facilitar o desenvolvimento de código seguro, integrando recursos de segurança em ferramentas de criação de software e protegendo a infraestrutura usada para armazenar e distribuir código, por exemplo, com o uso de assinatura de código e identidades digitais mais fortes.
Para o segundo tema, foi discutido como priorizar os projetos de código aberto mais importantes e implementar mecanismos sustentáveis para mantê-los. O último tópico abordou maneiras de facilitar o conhecimento do que está no software que compramos e usamos.
Em uma coletiva de imprensa após a reunião, Sullivan destacou os esforços do governo para resolver o problema de segurança de software de código aberto. Falou da ordem executiva do presidente norte-americano emitida em maio passado na qual solicitou ao NIST (National Institute of Standards and Technology) a desenvolver orientações para identificar práticas para melhor a segurança da cadeia de fornecimento de software, com padrões, procedimentos ou critérios que assegurem e atestem a integridade do software de código aberto. O NIST publicou essas diretrizes em forma de rascunho.
Também após o encontro, Google divulgou em um blog o que vem propondo para novos modelos colaborativos voltados a proteger software de código aberto. Outros participantes da reunião também endossaram a ideia de trabalhar em conjunto em torno da ideia da mais segurança para o open source, entre eles Open Source Security Foundation (OpenSSF), GitHub, RedHat e Linux Foudation.
A propósito, a classe de malware direcionado a Linux – um dos principais sistemas operacionais de código aberto e amplamente usados por dispositivos da Internet das Coisas (IoT) e pelos ambientes de nuvem – atingiu um novo recorde em 2021, de acordo com um relatório da Crowdstrike. O crescimento dos ataques foi de 35% em 2021 em comparação com 2020.
XorDDoS, Mirai e Mozi foram as famílias de malware Linux mais prevalentes em 2021. Em particular, a Mozi registrou um aumento significativo de 10 vezes no número de amostras em estado selvagem no ano passado em comparação com 2020. O objetivo principal dessas famílias de malware é comprometer dispositivos vulneráveis conectados à Internet, acumulá-los em botnets e usá-los para realizar ataques distribuídos de negação de serviço (DDoS).
Segundo o estudo, as várias compilações e distribuições do Linux no centro das infraestruturas de nuvem, dispositivos móveis e de IoT são presas fáceis para os cibercriminosos. Por exemplo, valendo-se de portas abertas ou vulnerabilidades não corrigidas, com a Log4j, podem ameaçar a integridade de serviços críticos na Internet. E mais de 30 bilhões de dispositivos IoT deverão estar conectados à Internet até o final de 2025, criando uma enorme superfície de ataque para criação de botnets massivas.
Brian Behlendorf, um dos líderes do movimento open source, falou da relevância da segurança para essa classe de software e de como os desenvolvedores podem impedir que vulnerabilidades como à relacionada à Log4j sejam identificadas em distribuições tão amplamente usadas. Behlendorf foi um dos desenvolvedores originais dos servidores Web da Apache e está trabalhando com a Linux Foundation e a OpenSSF para encontrar melhores práticas e apoiá-las em todo o ecossistema de código aberto. Veja mais aqui.
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