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Home > Monitoramento de TI > TI Hospitalar > Dispositivos vestíveis auxiliam na recuperação hospitalar
Agosto 25, 2023
Acredita-se que o sedentarismo durante períodos de hospitalização pode ser muito prejudicial para os pacientes, podendo levar ao declínio funcional, fragilidade e falta de autonomia para realizar tarefas do cotidiano. Além disso, estudos observacionais demonstraram atividades físicas leves durante a hospitalização podem reduzir o tempo de internação e a necessidade de ser reinternado em um curto período. Portanto, intervenções usando dispositivos vestíveis que rastreiam atividades físicas de pacientes hospitalizados, por exemplo, pode ser de grande ajuda.
Um artigo publicado recentemente na revista JAMA Network Open da Associação Médica dos Estados revelou que intervenções utilizando dispositivos vestíveis que rastreiam atividades físicas estão se tornando mais comuns nas hospitalizações por estimularem mudanças por meio do automonitoramento e do estabelecimento de metas e feedback.
A revisão sistemática e meta-análise de dados coletados de estudos realizados na Austrália, Europa, Ásia, América do Norte e Oriente Médio consideraram grupos incluindo pacientes em recuperação de cirurgias e reabilitação de AVC, ortopédica e mista, cuja maioria utilizou dispositivos vestíveis rastreadores em intervenções multicomponentes apenas durante a hospitalização. Alguns grupos também os usaram na pós-alta, com duração variando entre um a seis meses.
Os resultados da pesquisa sugerem que intervenções usando dispositivos vestíveis rastreadores estão associadas a mais atividade física e menos sedentarismo durante a hospitalização, com potenciais benefícios clínicos para os pacientes. No entanto, foram registradas melhoras modestas na função física e não foi observada qualquer melhora na dor e na saúde mental. Também não houve associação significativa com tempo de internação nem com readmissão de pacientes. Os pesquisadores alertam que, devido à heterogeneidade significativa dos dados usados na pesquisa, recomenda-se cautela na interpretação dos resultados. Destacam também que intervenções usando dispositivos vestíveis rastreadores são uma área de pesquisa em crescimento e que 80% dos estudos abordados foram publicados em 2018 ou posteriormente.
Dispositivos vestíveis e aplicativos também estão auxiliando no tratamento da esclerose lateral amiotrófica (ELA), degeneração progressiva de neurônios motores localizados no cérebro e na medula espinhal. Foi o que relataram pesquisadores do Massachusetts General Hospital e do ALS Therapy Development Institute, cujo estudo foi publicado na Nature Communications.
Conforme atesta a pesquisa, o tratamento dessa doença depende muito da avaliação funcional. No entanto, limitações nos métodos tradicionais de medição dos parâmetros funcionais, mesmo fora do escopo da ELA, dificultam compreender se estão funcionando as intervenções de tratamento em curso. Realizar amostragens mais frequentes esbarra em obstáculos de recursos, logística e custos. Então por que não usar sensores e aplicativos móveis para quantificar remotamente a progressão da enfermidade, coletando dados ativa não apenas por entrevistas, mas também por dispositivos?
Durante a pesquisa, quarenta adultos ambulatoriais portadores de ELA foram acompanhados por seis meses. Usou-se um aplicativo para realizar as entrevistas de avaliação funcional a cada duas a quatro semanas — tudo feito na casa dos pacientes, reduzindo o número de visitas a centros clínicos e permitindo o monitoramento domiciliar da progressão da doença. Além disso, cada participante do estudo usou continuamente um monitor de atividades no pulso ou no tornozelo. A expectativa é que, com a coleta de dados digitais ativa e passivamente, seja possível desenvolver novas medidas com base nesses resultados.
O estudo realizou a análise centrada em dados do acelerômetro triaxial que monitorou sub movimentos com base em sensores no pulso e no tornozelo de indivíduos com ELA em casa durante comportamentos do dia a dia. Essas medidas são um indicativo robusto da função motora e da progressão da doença. Foram usados recursos de aprendizado de máquina para treinar um modelo sensível às mudanças da doença.
Segundo os pesquisadores, poucos estudos já haviam feito o monitoramento contínuo de portadores de ELA usando dispositivos vestíveis. Destacam que essa nova forma de medição representa uma grande oportunidade para reduzir o custo de ensaios clínicos de ELA, aumentar a população de indivíduos que podem participar dos testes e acelerar a avaliação de novas terapêuticas. Também pode apoiar o atendimento clínico de rotina para portadores de ELA, dando a médicos e pacientes um método de avaliação motora objetivo e confiável que pode ser realizada em casa por custos relativamente baixos.
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