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Home > Monitoramento de TI > Datacenters > Demanda por data centers em Latam será maior que no restante do mundo
Maio 19, 2023
A demanda por infraestrutura para data centers segue aquecida mesmo com as limitações energéticas, problemas na cadeia de suprimentos e custos crescentes, segundo relatório recente da Hawk, plataforma global de análise imobiliária para esses ambientes. A Hawk usa uma metodologia que fornece dados em tempo real e ajuda a identificar, rastrear e comparar tendências e preços em mais de 35 mercados do setor de data center nas regiões da América do Norte, Europa e APAC. Pela primeira vez, o relatório incluiu os mercados da América Latina.
Conforme o estudo, o setor latino-americano de data centers está passando por uma fase de crescimento. Antes da pandemia, empresas internacionais em Dallas, Miami e Los Angeles atendiam principalmente às necessidades de data centers da região, visto que empresas locais ainda não haviam terceirizado suas infraestruturas de TI ou passado pelo processo de transformação digital. No entanto, América Latina deve ter agora o maior crescimento global na adoção de tecnologia, com uma demanda por MW seis vezes maior próxima década em mercados como México, Brasil, Chile e Colômbia.
Os principais hiperescaladores estão implantando infraestrutura na região. Segundo a Hawk, os três primeiros implantarão 500 MW adicionais até 2031, respondendo por cerca de 70% da capacidade de colocation recém-implantada na região. Com isso, há um rápido aumento na demanda no México e na Colômbia, por exemplo, está havendo um boom de construção e uma corrida por capacidade energética — cerca de 400 MW em Querétaro e 127 MW em Bogotá.
O relatório também destaca que, apesar das oscilações políticas na região com os presidentes recém-eleitos no Chile, Brasil, Colômbia e México, o crescimento e os investimentos no setor de data centers não diminuíram. Há um forte senso empresarial de não apoiar a implementação de políticas que prejudiquem os investimentos. Isso é especialmente verdadeiro para os investimentos voltados à transformação da região em economias digitais. Em particular, a tendência de “nearshoring” no México levou a um aumento significativo dos investimentos estrangeiros diretos no país. Isso, por sua vez, criou uma demanda maior por serviços de data center em solo mexicano e regiões vizinhas.
Na visão do estudo, essa curva de crescimento deve permanecer em níveis maiores do que o restante do mundo até que haja infraestrutura digital suficiente para atender à demanda do mercado.
A demanda por infraestrutura de data centers na América do Norte esfriou após vários períodos recordes de crescimento entre 2020 e 2022. No entanto, os níveis se mantiveram elevados, com o sexto maior trimestre de todos os períodos de pesquisa.
Muitos usuários corporativos estão atualmente adotando uma estratégia conservadora em relação à infraestrutura de TI, com alguns optando por renovar contratos de aluguel em prazos mais curtos, provavelmente em antecipação a preços menos voláteis em um futuro próximo, destaca o estudo.
Mercados secundários emergentes continuam registrando alto crescimento, pois desenvolvedores estão buscando outros mercados que ofereçam benefícios semelhantes aos principais hubs, mas com custos e disponibilidade de energia mais favoráveis. Algumas empresas, que antes estavam considerando o norte da Virgínia, agora estão optando por locais alternativos, como Atlanta, Columbus, Las Vegas, Salt Lake City e Denver.
A maioria da absorção de data centers (espaço ocupado) na América do Norte fica concentrada em dois ou três mercados principais. No entanto, nos últimos trimestres, a demanda tem se espalhado – embora a taxa absorção no primeiro trimestre de 2023 (436 MW) tenha sido a mais baixa desde o terceiro trimestre de 2021 (158 MW), esteve muito mais distribuída.
Na Europa, a demanda por capacidade de data centers permaneceu consistente. Muitos países europeus estão ajustando operações, estratégias e políticas em relação às práticas na área de data center, buscando mais soberania, privacidade e segurança dos dados. Por exemplo, o Reino Unido publicou um relatório indicando a necessidade de diversificar o uso da computação em nuvem, por meio da transição de um pequeno número de provedores internacionais para um grupo de provedores domésticos. Grupos financeiros também são favoráveis a diversificar e nacionalizar suas pegadas de nuvem.
Fornecimento de energia segue sendo um desafio, limitando o aluguel e o desenvolvimento em áreas como Amsterdã, Dublin e Londres. Como resultado, a taxa de absorção foi a mais baixa desde o final de 2021, embora ainda seja maior do que todos os trimestres anteriores ao quatro trimestre de 2021.
Em Frankfurt e Paris, o desenvolvimento aumentou, com vários novos campi de grande escala planejados ou em desenvolvimento. Mercados onde a energia está mais prontamente disponível cresceram significativamente no ano passado, entre eles Paris, Madri, Milão e países nórdicos, destaca o estudo.
Na região APAC, que possui um desafio específico, pois diferentes partes têm seus próprios climas, sistemas de infraestrutura, redes elétricas e outros fatores logísticos que tornam o desenvolvimento desafiador, Cingapura e Hong Kong estão passando por avanços à medida que a demanda por serviços em nuvem cresce rapidamente.
Garantir mais capacidade de data centers para a maioria dos mercados na região APAC é um processo demorado e, muitas vezes, caro, principalmente devido à falta de terra e infraestrutura. No entanto, a Hawk projeta uma tendência ascendente no segundo semestre de 2023, visto que novos financiamentos e projetos estão avançando, ajudando a aliviar a baixa taxa de vacância na região e impulsionando os processos de leasing no futuro.
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