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Home > Monitoramento de TI > Datacenters > Data centers europeus querem reduzir consumo de água
Agosto 16, 2022
O Pacto para Datacenters Climaticamente Neutros (Climate Neutral Data Centre Pact CNDCP), iniciativa autorreguladora assinada por 74 operadores de centros de dados e 23 associações, apresentou recentemente à Comissão Europeia métricas de conservação de água. O objetivo é diminuir o uso de água para um máximo de 400 ml por kWh de potência até 2040.
A conservação da água é um dos focos de trabalho voltados à neutralidade climática do CNDCP, já que o resfriamento à base de água é uma das abordagens adotadas pelos data centers. Segundo o grupo, esse método usa menos energia e gera menos emissões de gases de efeito estufa do que sistemas eletromecânicos. No entanto, devido ao estresse hídrico crescendo em muitas áreas, é vital que o setor de data centers tenha um consumo mais eficiente da água.
O limite proposto de 400 ml por kWh de potência considera a diversidade de tecnologias, climas e tipos de construção adotados. O estudo também estipula métricas adicionais que abordam níveis regionais de estresse hídrico e porcentagem de água não potável usada. “Todo edifício de data center deve ser tratado como se estivesse em uma área de alto estresse hídrico. É importante ressaltar que, ao diferenciar entre água potável e não potável, a medida proposta pelo Pacto incentivará o uso de águas cinzas e águas pluviais para resfriamento”, explica o relatório do CNDCP.
A nova métrica deve ser alcançada até 2040 por todos os operadores de data centers signatários do pacto. Também será impedida a construção de novas instalações com torres de água que não consigam atender à métrica estabelecida.
Na mesma ocasião da divulgação das métricas, o CNDCP também apresentou atualizações do Grupo de Trabalho de Monitoramento e Relatórios, com a tarefa de formalizar como as métricas são medidas e alinhar os relatórios. Foram anunciados planos para mapear as métricas do pacto conforme o padrão ISO 30134, que abrange uma série de medidas ambientais para data centers. A empresa de auditoria independente Bureau Veritas foi contratada para realizar esse trabalho.
Além disso, o pacto estabeleceu dois novos grupos de trabalho para definir metas de reciclagem e reutilização como parte de uma economia circular e estabelecer métricas de eficiência energética. Eles já começaram a trabalhar e devem reportar os avanços na próxima reunião de atualização prevista para novembro de 2022.
E quem diria que água congelada também pode ser de grande ajuda no resfriamento de data centers? Instalações islandesas operam usando uma combinação de energia geotérmica e hidrelétrica, além de contar com resfriamento gratuito devido ao clima naturalmente frio.
A empresa responsável por operar o maior data center na Islândia é a Verne Global, que trabalha no local desde 2012, prestando serviços e criando um ecossistema de parceiros para organizações que demandam computação de alta intensidade e estão preocupadas com suas pegadas de carbono.
Mais recentemente, a Verne Global fechou uma parceria com a Landsvirkjun, empresa nacional de energia da Islândia, para testar e implantar células de combustível de hidrogênio para produzir energia de backup confiável e sustentável para seus campus de data centers na região. O objetivo é permitir a transição para a energia de hidrogênio verde produzida com energia renovável da Islândia, avançando na área de sustentabilidade líder. Este projeto de datacenter é o primeiro do tipo na Islândia.
“A indústria de data centers ainda é jovem, e há muitos investimentos chegando. Isso envolve muita alta tecnologia, então devemos investir em maneiras de reduzir nossa pegada de carbono incorporado e mostrar a outros setores que existem maneiras de reduzir esse volume”, afirma Tate Cantrell, diretor de tecnologia da Verne Global. Carbono incorporado representa quanta energia foi usada e a quantidade de gases de efeito estufa foi emitida na construção dos data centers.
Segundo o executivo, outra tendência que dever ser observada é o uso de resfriamento líquido, já que o uso de soluções convencionais de refrigeração a ar para data centers será energeticamente proibitivo. Para ligar esses data centers na Islândia a outras partes do mundo, já existem três sistemas de cabos submarinos que ligam a Islândia a outras regiões e mais um, de nome IRIS, deve ser entregue no final do ano, conectando o sudoeste da Islândia à Irlanda, de partem ligações diretas para Nova Escócia e a costa leste dos Estados Unidos, incluindo Nova York.
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