Como monitorar e gerenciar uma VPN segura e confiável

Cristina De Luca -

Maio 04, 2021

Se você é um profissional de TI e gerencia o trabalho da sua empresa, certamente já se encontrou nessa situação. Você está dormindo e acontece um problema repentino com seus servidores. É acordado com um telefonema, uma mensagem ou vai só saber quando chegar ao escritório. Que está uma bagunça e você tem que consertar. Estresse não chega perto de descrever tudo o que vem com ele – seu chefe olhando sobre seus ombros, seus colegas pressionados com prazos, a reputação da sua empresa e da sua equipe, o dinheiro gasto e os valores não recolhidos, e a lista continua. Depois que tudo passar, você vai se sentar e refletir sobre o que poderia ter sido feito para evitar essa situação. Mas, se você ainda não passou por isso, talvez haja uma maneira de escapar.

Além de todo o aparato de segurança necessário para proteger seus servidores contra ataques externos, uma das ferramentas mais importantes que você e seus colegas precisam proteger é sua rede virtual privada, ou VPN (Virtual Private Network). Como porta de entrada e túnel para os sistemas internos da sua empresa, as VPNs devem fornecer uma maneira segura, rápida e confiável para os funcionários usarem os recursos corporativos remotamente. Se houver uma violação em qualquer uma dessas conexões, os danos podem ser catastróficos.

Com a pandemia de Covid-19, houve um aumento nas necessidades de acesso remoto, à medida que mais pessoas ficam em casa e ainda precisam trabalhar em um “escritório virtual”. Isso coloca ainda mais pressão do que nunca sobre a largura de banda, latência, velocidade, robustez e confiabilidade da rede, e os gerentes de TI estão tendo que fortalecer a segurança de suas redes, enquanto abrem mais portas para o mundo exterior. E com isso vem a necessidade de monitorar e analisar cuidadosamente o tráfego da rede.

Ao escolher as ferramentas para manter sua rede funcionando com segurança, é preciso levar em consideração as regras de tráfego, permissões dos aplicativos, largura de banda utilizada, protocolos e grupos de IP. Também é necessário identificar padrões de tráfego, sobrecarga, taxas de transferência e latência para identificar usuários que se sobressaem, criar rotas alternativas e evitar qualquer perda de desempenho. É preciso ter um painel em tempo real com representações visuais dos dados de desempenho e alarmes para quando as coisas saírem dos eixos. E isso deve ser feito em uma ampla gama de dispositivos, como roteadores, firewalls, switches, servidores VPN, armazenamento, etc.

Com as ferramentas adequadas para análise e gerenciamento de tráfego, as organizações podem responder de forma proativa a problemas que podem causar lentidão e interrupções na rede. Ao monitorar todos os componentes, também é possível reduzir a latência, perda de pacotes e congestionamentos, otimizando o uso da largura de banda e identificando possíveis ameaças. Além disso, essas ferramentas ajudam a identificar quem está usando a rede, quando e como, e ao comparar isso com regras predefinidas, elas podem acionar o redirecionamento, a alocação e até mesmo bloquear automaticamente a atividade do usuário. A análise e gerenciamento eficazes mantêm os aplicativos de missão crítica em execução otimizada, priorizando suas atividades entre todas as outras solicitações rotineiras.

Ao escolher o equipamento e software de monitoramento de uma VPN, é preciso levar em consideração que o conjunto seja capaz não apenas de monitorar uma variedade de métricas de desempenho, como largura de banda e roteamento de pacotes, mas também de exibir painéis visuais em tempo real, com diferentes configurações de alerta, e também fornecer ferramentas para mapear e otimizar o tráfego. E não se pode esquecer de verificar a disponibilidade de acesso via web, desktop ou aplicativos para celular ao sistema de controle, para que se possa monitorá-lo e configurá-lo remotamente, se necessário.

Ao avaliar os principais alarmes que podem ser emitidos por um sistema de monitoramento de VPNs através do uso de protocolos como Internet Control Message Protocol (ICMP) e Simple Network Management Protocol (SNMP), leve em consideração as falhas de autenticação, erros de criptografia / descriptografia, falhas de autoteste, ataques de política de fluxo de intrusão e prevenção e ataques de repetição. A integração do gerenciamento de rede com ferramentas de segurança cibernética também pode impedir ataques como ransomware, vírus, phishing e ataques de negação de serviço (DDoS). Mais importante, porém, é que seja possível criar cenários e automatizar soluções, receber alertas por e-mail, SMS ou qualquer outro meio que você acredite serem mais eficazes para lhe acordar mais abruptamente no meio da noite.

Uma vez que se sabe o que precisa ser feito, qual será o alcance dessa vigilância? Dos computadores dos funcionários da empresa, às suas redes domésticas, a rede do provedor de internet que eles usam, ao seu próprio provedor, firewalls, equipamentos de rede e servidores, há muitos endpoints que devem ser monitorados e gerenciados. Pode-se usar uma plataforma sem agente, como um computador instalado dentro da sua organização, ou um sistema baseado em agente, que reside em cada dispositivo conectado à sua rede, reportando de volta a um sistema central com um fluxo de dados constante. Um sistema sem agente é mais fácil de gerenciar, mas precisa de uma máquina sólida e dedicada com robustez suficiente para ser confiável. Um sistema baseado em agente pode fornecer informações mais detalhadas, pois está conectado diretamente a todos os dispositivos, mas pode ser difícil de gerenciar em um ambiente com um grande número de endpoints e diferentes sistemas operacionais.

Outra categoria de ferramentas inclui software especializado, como scanners, monitores de segurança e analisadores de rede sem fio. Mas eles não oferecem toda a amplitude de recursos necessários para proteger seu ambiente de VPN. Mas podem, contudo, fornecer medidas específicas dependendo de suas próprias necessidades. Se você está construindo sua rede do zero, por exemplo, pode usar algum software de design específico para simular a potência do sinal sem fio na planta do seu escritório, levando em consideração a densidade das paredes, portas e janelas, para ajudá-lo a otimizar a distribuição dos seus equipamentos e minimizar custos.

Se sua empresa tem muitas filiais conectadas entre si e suas redes precisam ser interligadas, é possível que você esteja usando uma VPN ponto a ponto, além da VPN que seus funcionários usam para mergulhar em seu trabalho diário. Portanto, se uma dessas agências ficar indisponível, é necessário redirecionar automaticamente o tráfego para outro lugar, afinal, você não quer que sua equipe na China ligue para você no meio da noite, quando o turno começar e eles não tiverem acesso ao CRM.

Existe também a questão do preço. Você pagará uma taxa única que cubra um número específico de dispositivos ou usuários, ou dará preferência a um modelo pré-pago? Prefere pagar por dispositivo ou usuário, ou apenas investir em uma licença mais ampla de um ano? Não importa para onde você olhe, existem várias opções e modelos diferentes para escolher e, é claro, você precisará construir sua própria análise para convencer seu chefe a liberar dinheiro, sempre por uma boa causa.

Portanto, comece a planejar sua infraestrutura de monitoramento de rede, crie seus piores cenários, automatize suas soluções, crie seus painéis e defina seus alarmes. Agora ponha os pés para cima e tenha a certeza de que ninguém mais perturbará seu sono noturno.